Notícia
Com o intuito de determinar a origem genética do pirarucu, avaliar os impactos ambientais e socioeconômicos, e investigar como a presença do peixe pode subsidiar o ordenamento pesqueiro, o governo de Rondônia apresentou na quarta-feira (12), os resultados de um estudo de análise da ocorrência do pirarucu nativo ou não nativo na bacia do Vale do Guaporé, como subsídio ao ordenamento pesqueiro da região.
O levantamento foi realizado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam) e coordenado pela Coordenadoria de Unidades de Conservação (CUC), com apoio da Universidade Federal de Rondônia (Unir).
Conduzida pela professora doutora Carolina Doria, a pesquisa buscou determinar a origem genética das populações de pirarucu em áreas onde novas ocorrências da espécie vêm sendo registradas, fornecendo dados essenciais para a gestão pesqueira e ambiental da região. Os resultados evidenciaram que a presença do pirarucu em determinados trechos da bacia pode estar associada a um processo de invasão biológica. Essa expansão da espécie fora de seu habitat natural levanta preocupações quanto aos impactos sobre a biodiversidade nativa, uma vez que o pirarucu é um predador de grande porte e pode afetar o equilíbrio ecológico dos ecossistemas aquáticos do Vale do Guaporé.
O governador de Rondônia, Marcos Rocha, destaca que o estudo também evidenciou os possíveis reflexos socioeconômicos e culturais dessa dinâmica. “A pesca do pirarucu, quando não manejada adequadamente, pode interferir nas atividades tradicionais das comunidades ribeirinhas e na sustentabilidade dos recursos pesqueiros locais. Nesse sentido, o governo tem trabalhado para fortalecer estratégias que conciliem preservação ambiental e desenvolvimento sustentável.”
MANEJO SUSTENTÁVEL