O nível do rio Madeira chegou ontem a atingir a cota de 11,47 metros, uma elevação de 20 centímetros acima do nível registrado no último domingo, quando a cota ficou em 11,27 metros.

Com o nível do rio subindo em média de 15 a 20 centímetros ao dia, a expectativa é de que em pouco tempo a cota do rio chegue ao nível de alerta que é de 14 metros.

Mas ao contrário de 2014, quando foi pego de surpresa, neste ano a Prefeitura de Porto Velho montou seu planejamento com antecedência e na última terça-feira, 19, a Defesa Civil apresentou o plano de contingência do município.

Em caso de uma enchente igual ao em proporções maiores do que a ocorrida há dois anos, o município e os parceiros terão de dispor de recursos materiais consideráveis para atendimento e remoção das famílias atingidas. O Plano de Contingência prevê até mesmo a utilização de um helicóptero para agilizar essas ações.

Além da aeronave, o projeto prevê a utilização de 20 voadeiras, 500 barracas, 300 mil litros de óleo diesel, sete geradores de energia, dez caminhões baú, quatro balsas, 15 barcos e três mini carregadeiras, além de água mineral, cestas básicas, colchões e 100 mil litros de gasolina.

Na fase de elaboração do plano, a Defesa Civil chegou a mapear pelo menos 12 áreas de risco desde a região de Abunã, no Alto Madeira, até o distrito de Demarcação, na região do Baixo Madeira. Caso a cota ultrapasse os 14 metros, haverá a necessidade de remover famílias. Na enchente de 2014 – a maior da história de Porto Velho -, quando o nível do rio chegou à marca de 19,74 metros, três distritos do eixo da BR-364 e quatro da região ribeirinha do Madeira foram atingidos, afetando cerda de 30 mil pessoas. Mais de duas mil famílias ficaram desabrigadas aproximadamente sete mil foram desalojadas.