Notícia
Txai Suruí, indígena e ativista de Rondônia, denunciou nas redes sociais na última quinta-feira (25) a invasão, queimadas e desmatamento de parte da terra indígena Uru-Eu-Wau-Wau. Segundo a jovem, os invasores destruíram um antigo cemitério indígenas para criar gado.
Na denúncia ela diz que um incêndio foi registrado pelo satélite da Nasa em setembro deste ano e o fogo tomou uma proporção tão grande que se tornou perceptível mesmo para os povos indígenas que vivem em aldeias distantes.
Alguns dias depois, a ativista juntamente com uma equipe de monitoramento da Associação Jupaú se deslocou até a área do incêndio para apurar os estragos. As fotos que Txai publicou mostram uma área desmatada, outras com marcas do fogo e uma criação de gado no local onde era um cemitério indígena.
Segundo a mãe de Txai e presidente da Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé, Ivaneide Bandeira, o cemitério para os povos indígenas é um local sagrado e o cenário de destruição encontrado chocou aqueles que vivem terra Uru-Eu-Wau-Wau.
"Estão desmatando, queimando e colocando gado dentro, o que para os indígenas é pisotear a vida dos ancestrais deles. É como se alguém fosse lá no Cemitério dos Inocentes [cemitério histórico de Porto Velho], tocasse fogo em tudo e colocasse boi em cima. Ninguém ia gostar", comenta.
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