Notícia
Nem mesmo os participantes do evento conseguiram entender direito o encontro suprapartidário que reuniu representantes de cinco legendas (PSDB, DEM, PSD, PR e PSB) em Vilhena, na manhã desta sexta-feira, 07. Estiveram presentes o senador Marcos Rogério, os deputados federais Mariana Carvalho e Expedito Netto, e o ex-senador Expedito Júnior.
Após breves considerações sobre o encontro, os caciques se reuniram com lideranças políticas de cidades do Cone Sul para tratar de assuntos e estratégias visando o pleito municipal deste ano nos municípios da região.
Todos destacaram a importância de que o “comboio” partidário permaneça unido, e Expedito Júnior disse que o grupo tem especial interesse em Vilhena. Mas aí é que está problema...
Os próprios líderes, apesar de não anteciparem posições futuras, já deram demonstrações de que não caminharão na mesma direção: Expedito não se empolga com a reeleição do prefeito Eduardo Japonês; Marcos Rogério é mais ligado ao empresário Darci Cerutti, que já foi aliado dos Donadon, mas não parece disposto a repetir a aliança, podendo compor a chamada “terceira via”; e Mariana Carvalho demonstra interesse em manter a vice-prefeita Maria José do cargo (portanto, apoia Japonês).
REVOADA TUCANA
Após a reunião fechada, dois dos três vereadores do PSDB em Vilhena demonstraram interesse de deixar a agremiação: Adilson de Oliveira deve ir para o PSD e Samir Ali tende a migrar para o Podemos. Rafael Maziero permanece no ninho tucano e terá liberdade para montar a nominata de candidatos a vereador pela sigla este ano.
SAMIR E ADILSON
Samir Ali mantém firme o propósito de concorrer a prefeito, e estava de olho no PSB, mas Expedito Netto prometeu entregar a agremiação a Adilson. Aliás, Neto parece disposto a apoiar Adilson, caso ele opte pela aliança com Japonês, ao contrário do “velho” Expedito, que torce a cara para o mandatário, que lhe negou solidariedade na campanha de 2018.
JAIME BAGATTOLI
Presente ao encontro, mas mantendo-se afastado, mesmo sendo convidado a compor a mesa, o empresário Jaime Bagattoli, que poderia ser o nome de consenso dos defensores da candidatura alternativa a Japonês e os Donadon, não pareceu muito empolgado com a possibilidade.
Após admitir que seu partido, o Aliança Pelo Brasil, não deve ficar apto para a disputa municipal deste ano, Jaime até falou sobre a possibilidade de se filiar em outra legenda, mas considerou que não seria ético concorrer já sabendo que mudaria de sigla novamente após a eleição.