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Ferrovia Transoceânica: Super Ferrovia chinesa de 100 bilhões de dólares ligando o Brasil ao Peru tem traçado que inclui Rondônia no trajeto

Um dos principais obstáculos é a necessidade de atravessar a Floresta Amazônica e a Cordilheira dos Andes
Fonte: REDAÇÃO ROLNEWS
19/11/2024 10h 15min

Notícia

Ferrovia Transoceânica: Super Ferrovia chinesa de 100 bilhões de dólares ligando o Brasil ao Peru tem traçado que inclui Rondônia no trajeto

Ferrovia Transoceânica passará por vários estados brasileiros até chegar ao Oceano Pacífico pelo Peru


Imagine uma rota capaz de ligar o coração da América do Sul diretamente ao Pacífico, transformando o comércio internacional e revolucionando o transporte de mercadorias.

Essa é a promessa da ambiciosa Ferrovia Transoceânica, um projeto bilionário que não só desafia barreiras geográficas como também reacende disputas geopolíticas.

Apesar de seu potencial, o projeto enfrenta desafios ambientais e diplomáticos que podem atrasar sua realização. O que realmente está por trás desse investimento histórico?

No centro desse gigantesco empreendimento está uma parceria estratégica entre Brasil, Peru e China, que busca conectar os dois oceanos através de uma ferrovia de alta capacidade.

Com um aporte de R$ 581 bilhões (US$ 100 bilhões), o projeto visa reduzir custos logísticos, aumentar a competitividade das exportações sul-americanas e consolidar a presença da China na região, de acordo com especialistas.

A ferrovia deve se tornar tema central nas visitas do presidente chinês Xi Jinping ao Brasil e ao Peru, previstas durante sua passagem pela Cúpula do G20 no Rio de Janeiro.

 

O que é a Ferrovia Transoceânica?


A Ferrovia Transoceânica pretende conectar o Brasil ao Peru por meio de uma linha férrea que atravessará algumas das regiões mais desafiadoras do continente, como a Floresta Amazônica e a Cordilheira dos Andes.

Segundo informações do governo brasileiro, essa rota terá capacidade para transportar um volume gigantesco de mercadorias, reduzindo a dependência de rotas marítimas tradicionais, como o Canal do Panamá.

Para o Brasil, isso significa uma oportunidade de facilitar o escoamento de commodities como soja e minério de ferro, enquanto para a China, o projeto representa um acesso direto aos recursos naturais sul-americanos, fortalecendo sua posição como potência global.

De acordo com fontes do governo peruano, a ferrovia também beneficiará pequenos produtores locais, ao melhorar a infraestrutura de transporte regional.

 

Um avanço na Nova Rota da Seda


O projeto se insere na ambiciosa estratégia chinesa da Nova Rota da Seda, que busca expandir as conexões comerciais entre a Ásia e outras regiões do mundo.

Para a China, a ferrovia é mais do que um investimento logístico; é uma peça-chave de sua estratégia geopolítica na América Latina.

Segundo analistas, enquanto a influência dos Estados Unidos na região diminui, a China aproveita para ampliar sua presença com projetos estruturantes como esse.

Além de impulsionar o comércio entre os continentes, a iniciativa promete gerar empregos, fortalecer economias locais e promover desenvolvimento sustentável na América do Sul.

 

Desafios ambientais e diplomáticos


Apesar do otimismo, a Ferrovia Transoceânica enfrenta obstáculos consideráveis.

Um dos maiores desafios é o impacto ambiental, já que o traçado atravessa ecossistemas sensíveis, incluindo áreas protegidas da Amazônia.

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Organizações ambientais alertam que a construção pode causar desmatamento e ameaçar comunidades indígenas.

Além disso, há divergências entre Brasil e Peru sobre o trajeto ideal da ferrovia.

Enquanto o Peru sugere um percurso que favoreça seus portos no Pacífico, o Brasil defende uma rota que beneficie suas exportações agrícolas.

Esses impasses, segundo especialistas, podem atrasar o cronograma da obra.

 

Impacto econômico e estratégico


Se concluída, a ferrovia promete revolucionar o comércio entre a América do Sul e a Ásia, encurtando prazos de entrega e tornando os produtos da região mais competitivos no mercado global.

Além disso, a redução nos custos logísticos deve atrair novos investimentos para o Brasil e o Peru, fortalecendo a integração regional.

Para a China, o projeto é uma oportunidade única de consolidar sua influência na América do Sul, especialmente em um momento em que o país busca diversificar suas rotas de importação e exportação.

Essa parceria estratégica reforça o papel do país como um dos maiores investidores globais em infraestrutura.

 

O futuro da integração regional


Embora o projeto ainda esteja em fase estrutural, especialistas destacam que a Ferrovia Transoceânica tem potencial para integrar economias e impulsionar o desenvolvimento sustentável na região.

Para isso, será necessário adotar tecnologias avançadas, garantir transparência nos acordos e minimizar os impactos ambientais.

O sucesso do empreendimento dependerá do alinhamento entre os governos envolvidos e do engajamento das comunidades locais.

 

 

 

 

 

 

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