Notícia
O meia Daniel Corrêa de Freitas, de 24 anos, foi brutalmente assassinado no dia 27 de outubro e teve o corpo jogado em um matagal na área rural do município de São José dos Pinhais, localizado na região metropolitana de Curitiba. O crime tem gerado perplexidade pelos requintes de crueldade.
A vítima foi espancada, colocada no porta-malas de um veículo e levada para um terreno baldio, onde foi torturada, teve o órgão genital cortado e o pescoço praticamente decepado.
Repercussão no mundo da bola
A notícia da morte de Daniel, atleta do São Paulo que estava emprestado ao São Bento de Sorocaba para a disputa da Série B do Campeonato Brasileiro, abalou os bastidores do futebol brasileiro. Clubes e jogadores postaram mensagens de condolências nas redes sociais.
Motivação do crime
A teoria de que o assassinato teria motivação passional foi tratada pela polícia como a mais provável desde o início devido às características da execução.
O motivo para tanta violência seria, segundo a investigação policial, a fúria de um marido cuja esposa teria sido obrigada a manter relações sexuais com o atleta do São Paulo, que atuava por empréstimo no São Bento, clube que disputa a Série B do Campeonato Brasileiro de futebol.
Daniel saiu de Sorocaba, sede do clube pelo qual é vinculado, no dia 26 de outubro, uma sexta-feira, para participar de uma festa de aniversário em Curitiba. Ele havia atuado pelo Coritiba anteriormente e tinha amigos na capital paranaense.
Edison, Allana e Cristiana Brittes posam para foto
Reprodução
Aniversário com a família Brittes
Ao chegar na cidade, o jogador seguiu com amigos para a casa noturna Shed Bar, situada em um bairro boêmio de Curitiba. No grupo de aproximadamente dez pessoas estavam a aniversariante, Allana Brittes, de 18 anos, os pais dela, Edison e Cristiana Brittes, além de amigos da jovem. Todos ficaram na boate até por volta das 5h da madrugada de sábado.
After
No entanto, a comemoração não terminou na balada em Curitiba. Allana, os pais e convidados decidiram fazer um after na casa da família, no bairro Cristal, em São José dos Pinhais. Então, as cerca de dez pessoas seguiram para o local.
Allana, Cristiana e Edison foram no carro da família. Os amigos se dividiram em dois veículos de aplicativos de transporte, conforme confirmou uma testemunha ouvida pelo programa Balanço Geral, da RecordTV — uma jovem que diz ter ficado com Daniel na boate. A partir daí, os acontecimentos ainda são nebulosos.
Flagrante na cama
O que se sabe até agora é que Daniel foi espancado por Edison — com a ajuda de três rapazes — depois de ser encontrado na cama do casal ao lado de Cristiana. Mas não é possível afirmar ainda se o jogador teria feito sexo com a mulher, consensualmente ou não.
Já na manhã do dia 27, pouco antes de ser flagrado, Daniel havia enviado fotos dele ao lado de Cristiana a amigos. Nas mensagens, o atleta deu a entender que manteve relações. Mas as imagens mostram apenas ele ao lado da mulher desacordada.
Edison alega que agiu para defender a esposa Cristiana
Reprodução
Em confissão gravada pela defesa, Edison — que possui passagens pela polícia — diz que ouviu a mulher gritar por socorro. Ao entrar no quarto, de acordo com a versão do suspeito, Daniel estava de cueca, descalço e sobre Cristiana. Ao ver a cena, Edison teria se descontrolado e espancado Daniel.
Leia mais: Caso Daniel: 'Mexeu com mulher de bandido e vai morrer'
Saída da residência dos Brittes, tortura e desova do corpo
Depois de bater no jogador até quase matá-lo, Edison e três outros homens — suspeita-se que sejam David William Vellero Silva, de 18 anos, (namorado de Allana), Igor King, de 20, e Eduardo Henrique Ribeiro da Silva, de 19 anos — colocaram a vítima em um carro e a levaram para um terreno afastado na área rural da cidade.