Notícia
Servidores do Hospital de Urgência e Emergência João Paulo II, em Porto Velho, relatam dificuldades em transferir pacientes com diagnóstico positivo de Covid-19 para unidades de referência em tratamento por falta de leitos. O hospital não atua como unidade de tratamento da doença, mas registrou pacientes com coronavírus e outros com suspeita durante esta semana.
Conforme denunciantes, o Hospital João Paulo II segue em superlotação. Devido o fluxo de entrada diária de pacientes na unidade ser alto, "não há como ter controle" de quais pacientes e acompanhantes tiveram contato com pessoas infectadas.
Ao g1, um servidor que atua no pronto socorro denunciou que haviam cinco pacientes com Covid-19 na unidade nesta sexta-feira (14) e eles não conseguiam ser transferidos para hospitais de referência por falta de leitos disponíveis. Segundo o governo, até quinta-feira (13), 57,14% dos leitos de UTI da rede pública estadual estavam ocupados por pacientes com doenças respiratórias.
"Como a maioria [dos pacientes] está assintomática, é possível termos mais do que esses cinco internados sem ter para onde mandar. Os suspeitos também estão ficando aqui até sair o resultado, porque o Estado também não tem mais leito para os suspeitos. Alguns outros pacientes tiveram contato com os positivos, mas não fizeram os testes porque estão no corredor e não temos como controlar os que tiveram ou não contato, e nem como testar todos, já que o fluxo de entrada é constante", denunciou.
Após a denúncia, um servidor confirmou que os cinco pacientes diagnosticados com o vírus conseguiram ser transferidos para hospitais de referência em tratamento de Covid ainda na tarde desta sexta (14) e que os casos suspeitos foram descartados.
O g1 procurou a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.