Notícia
Em 2011, teve início em Rondônia a captação de órgãos para doação. Desde então, 37 captações foram feitas, entre rins e córneas. Em maio de 2014, mais um grande avanço. Foi realizado em Porto Velho o primeiro transplante de de rins no estado. Até agora, 24 transplantes foram feitos em Rondônia, sendo que desses, seis foram intervivos – quando o doador está vivo e saudável.
A maior parte das doações é feita por pacientes que têm o diagnóstico de morte encefálica (ME) comprovado. É nesse momento de dor que familiares precisam tomar a decisão de doar ou não. Em Cacoal, o serviço de captação de órgãos teve início em setembro de 2013. Dos 19 pacientes com ME comprovados desde então, houve 12 recusas por parte da família e apenas sete doações foram feitas.
Segundo a fisioterapeuta Leiri Bonet, membro da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos (CIHDOT) de Cacoal, questionados sobre o motivo pelo qual não aprovaram a doação de órgãos, os familiares alegam porque em vida o paciente não manifestou o desejo de ser doador. “Em mais da metade dos casos no Hospital Regional de Cacoal os familiares se recusam a doar os órgãos porque o paciente nunca havia falado nada sobre o assunto. Por isso as campanhas que incentivam o cidadão a manifestar o seu desejo de ser doador, para que se algo aconteça, a família já esteja mais preparada para tomar essa decisão”.