Na tarde de ontem (28), a Polícia Militar de Espigão do Oeste foi acionada para apurar uma suspeita de tentativa de golpe na agência local da Caixa Econômica Federal.

A denúncia foi feita pela gerência do banco, após o sistema interno identificar alertas de possíveis fraudes semelhantes ocorridas em outras localidades.

De acordo com informações iniciais, o alerta foi originado no Estado do Mato Grosso, onde golpes dessa natureza já haviam sido aplicados, incluindo na agência da cidade de Comodoro MT.

Momentos antes do caso em Espigão do Oeste, uma tentativa similar foi registrada na unidade da Caixa em Pimenta Bueno, Rondônia.

Atuação rápida evita prejuízo

Na agência de Espigão do Oeste, uma mulher apresentou uma imagem digital de CNH que despertou suspeitas devido a indícios de falsificação.

O gerente da agência verificou que o QR Code no documento direcionava para um site falso e, imediatamente, acionou a Polícia Militar.

Os policiais confirmaram que se tratava de uma tentativa de estelionato, agravada pelo uso de documento falso.

A suspeita foi detida e levada à UNISP, onde revelou sua verdadeira identidade e confessou ser membro de um grupo criminoso especializado em fraudes bancárias.

Desdobramentos e abordagem em Cacoal

A partir das informações obtidas durante o interrogatório, equipes policiais ampliaram as buscas e localizaram um veículo branco monitorado em Cacoal. Dentro do carro estavam quatro pessoas: três homens, um deles menor de idade, e outra mulher.

Durante a abordagem, dois integrantes apresentaram documentos falsificados em seus celulares, e um deles estava com uma pequena quantidade de maconha.

Além disso, foram apreendidos dinheiro, celulares e outros objetos pessoais, incluindo roupas e um arco com flechas, que serão analisados pela investigação.

Os detidos admitiram estar ligados à mulher presa em Espigão do Oeste e explicaram que cada um desempenhava uma função no esquema de golpes.

Ação coordenada e investigações em andamento

A atuação preventiva da Caixa Econômica Federal, que identificou o padrão dos crimes e acionou as autoridades, foi crucial para evitar prejuízos. Os materiais apreendidos, como os documentos falsos e os dispositivos móveis, foram encaminhados à UNISP e serão utilizados para aprofundar as investigações.

Há suspeitas de que o grupo tenha cometido crimes semelhantes em outros estados, como no Rio Grande do Sul. O Conselho Tutelar foi acionado para acompanhar os procedimentos relacionados ao menor apreendido.

O caso segue em investigação, com a expectativa de desarticular por completo a operação desse grupo criminoso e evitar novas tentativas de fraude.