Notícia
Uma audiência pública virtual aconteceu nesta terça-feira (27) para debater a volta às aulas presenciais na rede estadual. O espaço de diálogo foi organizado pela Secretaria da Educação do Estado de Rondônia (Seduc).
Entre as falas há argumentos que defendem a retomada gradual das atividades presenciais e de outro lado, educadores que não enxergam cenário para o retorno seguro este ano.
A audiência também contou com um espaço aberto para que a população emitisse opiniões, como um formulário eletrônico e o chat da transmissão ao vivo. As manifestações por chat foram "predominantemente contrárias ao retorno, pelo menos, em 2020", conforme informou Valmir Solto, integrante da comissão para retorno às aulas da Seduc.
Confira, ponto a ponto, argumentos apresentados durante a audiência:
A reunião começou com fala do secretário de educação, Suamy Vivecananda. Ele lembrou o "Plano de retorno às aulas presenciais", um documento criado para orientar gestores das instituições públicas e privadas durante a possível volta às aulas. E destacou que a retomada só se dará dentro de um cenário sanitário seguro.
Adiante, representantes da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), afirmaram que a responsabilidade do órgão é emitir protocolos de segurança, como as notas técnicas que pedem o: distanciamento social no ambiente escolar, uso obrigatório de máscara, higienização intensiva das mãos, cuidados nas salas e refeitórios.
O presidente do Tribunal de Contas de Rondônia (TCE-RO), Paulo Curi Neto, expressou preocupação com a suspensão prolongada das aulas presenciais, alegando que a situação vai produzir impactos e prejuízos, talvez irreversíveis, no desenvolvimento das competências emocionais dos jovens e também no aprendizado.
"Teremos, tudo leva a crer, um legado sombrio na educação por conta da pandemia. Nós sustentamos que a suspensão das atividades presenciais não pode se prolongar um dia além da efetiva necessidade sanitária. É fundamental que todos se organizem para efetuar esse retorno o quanto antes", declarou Paulo.