Notícia
Duas novas espécies de abelhas sem ferrão foram descobertas pelo servidor técnico e pesquisador Cristiano Feitosa Ribeiro, do Campus de Presidente Médici da Universidade Federal de Rondônia (Unir), juntamente com os pesquisadores David Silva Nogueira (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas), Favízia Freitas de Oliveira (Universidade Federal da Bahia) e Marcio Luiz de Oliveira (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia).
A descoberta foi anunciada no artigo “Duas novas espécies de Trigona Jurine, 1807 com chave ilustrada para as espécies ocorrentes no Brasil (Hymenoptera: Apidae: Meliponini)”, publicado na revista Zootaxa (acesse aqui). No artigo são apresentadas as duas novas espécies de Trigona Jurine, 1807, além de uma chave ilustrada para as espécies encontradas no Brasil.
As novas espécies foram identificadas durante o projeto de pesquisa de mestrado de Cristiano, realizado entre 2019 e 2021 no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), e uma delas foi nomeada em homenagem ao estado de Rondônia, local onde foi encontrada a abelha usada para a descrição: Trigona rondoniensis. O exemplar usado para descrever a espécie foi coletado em um fragmento florestal no município de Ouro Preto do Oeste.
“Realizamos um estudo taxonômico das espécies de Trigona, um dos gêneros mais ricos em espécies de abelhas ‘sem-ferrão’ na região Neotropical, que possuíam registros de ocorrência na Amazônia brasileira. Por meio da análise de características morfológicas, nossos objetivos foram a redescrição das espécies que possuíam dados insuficientes para sua identificação correta, assim como a descrição de novas espécies que foram encontradas, além de fornecer registros geográficos e mapas de distribuição atualizados das espécies e elaborar uma chave de identificação das que ocorrem no Brasil”, descreveu Cristiano.
O pesquisador acrescenta que “mesmo que nosso estudo aborde principalmente questões relacionadas à taxonomia do gênero, nossa descoberta mostra a importância da conservação dos fragmentos florestais remanescentes no estado de Rondônia, pois eles podem ainda abrigar uma riqueza biológica valiosa, por vezes desconhecida pela ciência”.