Notícia
O Ministério Público Federal (MPF) em Brasília abriu, no último dia 18 de novembro, um inquérito civil para investigar o uso irregular de fundos do gabinete do Deputado Federal Tiririca para a realização de viagens particulares. Eleito para o cargo pelo estado de São Paulo, Tiririca teria comprado com dinheiro público passagens aéreas para o Ceará, onde nasceu. A informação foi publicada pela revista Veja e confirmada por ÉPOCA.
O regimento interno da Câmara estabelece que todos os recursos destinados à viagens dos políticos precisam ser justificados com atividades relativas ao exercício do mandato ou com locomoções para a base eleitoral de origem. Em nenhuma hipótese as regras preveem uso dos fundos para benefício pessoal em viagens particulares.
A apuração do MPF busca entender se os gastos do deputado e dos assessores com passagens aéreas ao longo de 2019 tiveram relação com a agenda parlamentar ou se tinham outro objetivo.
Durante o mandato, Tiririca não abandonou a profissão que o tornou reconhecido. O comediante, nascido no interior do Ceará, divulga com frequência a agenda de shows do espetáculo “Tiririca, minha história”, que conta a trajetória dele ao longo dos 30 anos de carreira.
Só neste ano, o gabinete de Tiririca registrou gastos de mais de 70 mil reais em dinheiro público destinados para inúmeros deslocamentos aéreos. Em outubro deste ano, o colunista de ÉPOCA Guilherme Amado publicou os gastos dos assessores do deputado em deslocamentos. Os bilhetes estavam no nome de três funcionários do gabinete do deputado: Loianne Oliveira de Almeida Silva, Lucas Noleto Ferreira e Alexsander Ericssen da Costa Cavalcante.