Notícia
Francisco Carmo, de 48 anos, trabalha há nove anos como motorista no Hospital de Amor de Porto Velho. Durante esse tempo ele transportou inúmeros pacientes, só não esperava que um dia seria um deles.
Ao longo dos anos, viveu inúmeras histórias com os passageiros e por várias vezes passou pela dor da perda e luto. O período mais doloroso, segundo ele, foi quando um homem, com quem criou uma grande amizade, faleceu.
"Eu vim pra casa depois do plantão, quando eu retornei segunda-feira ele tinha falecido. Então aquilo me abalou muito, eu tive que passar até por um psicólogo, porque ficou aquele trauma na minha cabeça".
Por conta do sofrimento, o motorista chegou a cogitar desistir da profissão.
Diagnóstico
O caso de Francisco começou com uma gastrite leve e foi evoluindo. No último ano, em meio a pandemia da Covid-19, ele contraiu o vírus e passou 18 longos dias muito mal. Vários órgãos foram afetados.
Logo depois da recuperação da Covid, o motorista sentiu dores no estômago e procurou atendimento médico. Inicialmente foi diagnosticado com úlcera, mas poucos dias depois, ao fazer um novo exame, veio o diagnóstico de câncer de estômago. Ao receber a notícia, ele diz que não conseguia acreditar.
"Eu falei "poxa eu cuidei de tanta gente, carreguei tanta gente. Doutor, o senhor está brincando?"".