Notícia
Pelo menos 810 pessoas morreram em 2019, ao "atravessar desertos, rios e regiões remotas" das rotas migratórias do continente americano. A informação é do Centro de Análise de Dados da Organização Internacional das Migrações (OIM), de Berlim, com base em números do Projeto de Migrantes Desaparecidos (MMP, na sigla em inglês).
As informações - que reuniram dados governamentais, de organizações não governamentais (ONG) e relatos de órgãos de comunicação social -- indicam que esse é o número mais elevado de mortes desde que a OIM começou a manter registros, em 2014.
Os dados revelam também que morreram mais 3.800 pessoas em seis anos no continente americano.
"Esses números são uma lembrança triste de que a falta de opções para uma mobilidade segura e legal empurra as pessoas para trilhos invisíveis e arriscados, colocando-as em maior perigo", afirmou o diretor do Centro de Análise de Dados da OIM, Frank Laczko.
Para ele, "a perda de vidas nunca pode ser normalizada ou tolerada como um risco assumido devido à migração ilegal".