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02 de Dezembro de 2023

Implante para tratamento de depressão resistente será realizado pela primeira vez no Brasil

Cirurgias serão realizadas no Hospital SOS Cárdio, em Florianópolis.

Fonte: DO GHZ

13/08/2023 13h 22min

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Implante para tratamento de depressão resistente será realizado pela primeira vez no Brasil
PIC4U / stock.adobe.com

Dois pacientes receberão implantes de aparelho que estimula o nervo vago para tratar casos de depressão resistente. As cirurgias, que ocorrerão pela primeira vez no Brasil, serão realizadas nesta sexta-feira (11), no Hospital SOS Cárdio, em Florianópolis (SC). As informações são da BBC.

O tratamento é baseado em estimular o cérebro: o implante ativa o nervo vago, que envia sinais elétricos ao órgão. Assim, os neurotransmissores e as áreas cerebrais associadas ao humor são afetadas. A teoria do uso do estimulador se baseia na influência positiva em aspectos cerebrais do humor e da regulação emocional.

Pesquisas sugerem que a estimulação desse nervo pode modular redes neurais que estão em desequilíbrio na depressão, contribuindo, desta forma, para a melhora dos sintomas.

Os pacientes foram escolhidos pela área de psiquiatria do hospital. Eles precisavam já ter passado por outros tratamentos, sem resultados satisfatórios. Para que uma pessoa seja elegível ao implante, é necessário ter a recomendação de um psiquiatra e ser encaminhado a um neurocirurgião familiarizado com a tecnologia.

Espera-se que o procedimento se torne mais popular na rede privada de saúde após as primeiras cirurgias, conforme o médico Wuilker Knoner Campos, presidente da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, afirmou à BBC.

O Brasil foi o terceiro país a oferecer essa alternativa de tratamento para a depressão resistente, depois dos Estados Unidos e da Inglaterra. Conforme a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o sistema que será utilizado nas cirurgias tem indicação para o tratamento da depressão crônica ou recorrente para pacientes que estejam em um "importante episódio depressivo resistente ao tratamento ou intolerante ao tratamento".
A alternativa já vinha sendo utilizada em pacientes com crises epilépticas, conforme Campos:

— O que se observou nos pacientes que tinham crises de epilepsia e também sofriam com depressão é que ambos os quadros acabavam melhorando com o uso dos implantes. E aí começou-se a estudar quais seriam os mecanismos do sistema nervoso que poderiam explicar aquela melhora.


 
 

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