Com a chegada do inverno amazônico, as condições climáticas favorecem o aparecimento do barbeiro, inseto transmissor da doença de Chagas. Este é um período essencial para reforçar a vigilância epidemiológica e as ações de prevenção, promovidas pelo governo de Rondônia, por meio da Agência Estadual de Vigilância em Saúde de Rondônia (Agevisa/RO), em parceria com o Ministério da Saúde e municípios.

Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, a gestão estadual segue trabalhando para manter a população informada e oferecendo todo o suporte necessário para prevenir a doença. “Estamos trabalhando junto com os municípios para fortalecer a vigilância epidemiológica e oferecer apoio técnico, especialmente durante o período do inverno amazônico”, ressaltou.

AÇÕES DE VIGILÂNCIA E PREVENÇÃO

Em 2024, Rondônia registrou 90 casos suspeitos de doença de Chagas na fase aguda. Destes, 2 foram confirmados, 32 seguem em investigação e 381 amostras de triatomíneos coletadas em 22 municípios foram analisadas. Entre elas, 97 barbeiros estavam infectados pelo protozoário Trypanosoma cruzi, causador da doença.

Durante visita técnica realizada pelo Ministério da Saúde em Jaru, entre 3 e 6 de dezembro de 2024, foram promovidas atividades educativas e de monitoramento entomológico. Técnicos da Agevisa/RO alertaram sobre a doença de Chagas na E.M.E.I. Elza Maria Fabris. “A visita reforçou a qualificação de agentes de saúde e professores para fortalecer a vigilância ambiental, principalmente em áreas escolares”, destacou o diretor da Agência Estadual, Gilvander Gregório de Lima.

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

O diagnóstico da doença na fase aguda pode ser feito através do exame de gota espessa, método acessível e eficaz. Além disso, a Agevisa/RO promove ações de sensibilização e educação em saúde para população e profissionais, fortalecendo a integração entre a vigilância epidemiológica e a atenção primária.

RECONHECENDO O BARBEIRO

A população também tem um papel fundamental na prevenção. O portal da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)  disponibiliza um guia para identificar e diferenciar o barbeiro de outros insetos. Caso encontre um barbeiro, é importante registrar e informar às autoridades locais.

RISCOS E CUIDADOS

Além da transmissão vetorial, há riscos pela ingestão de alimentos contaminados, como açaí e caldo de cana. Por isso, é essencial consumir produtos de fontes seguras e higienizar corretamente os alimentos.

COLABORAÇÃO E ALERTA

A parceria entre governo do estado, comunidade e instituições é essencial para o enfrentamento da doença. “O papel de cada cidadão é fundamental para fortalecer nossa vigilância em saúde. Juntos, podemos proteger Rondônia desse desafio”, enfatizou o diretor da Agevisa/RO.