Notícia
A morte, apesar de ser um tema tabu e gerar inquietação em muitas pessoas, é um fenômeno natural que atinge toda e qualquer espécie da Terra, sem distinção. Contudo, há certos seres que se aproveitam do falecimento para desenvolver sua própria espécie. Esse é o caso das Conicera tibialis, mais conhecidas pelo perturbador nome de moscas-do-caixão.
Esses pequenos insetos têm um papel fundamental na decomposição de cadáveres enterrados, um processo fascinante que combina ciência, natureza e um pouco de realidade macabra.
As moscas-do-caixão são verdadeiras especialistas em localizar e alcançar corpos enterrados. As fêmeas desta espécie possuem a incrível capacidade de cavar até dois metros de profundidade para depositar seus ovos em cadáveres.
À primeira vista, este número pode parecer insignificante, porém, uma análise mais atenta revela que para nós, seres humanos, seria o equivalente a escavarmos uma profundidade de três quilômetros.
Para a espécie, essa façanha garante que seus ovos sejam depositados em um ambiente seguro e cheio de nutrientes: o tecido em decomposição dos cadáveres.
Invasoras de corpos

Os primeiros registros sobre a capacidade das moscas-do-caixão de se reproduzirem em cadáveres enterrados datam de muitos anos. Em 1954, por exemplo, observações feitas num jardim revelaram a existência de um intenso acasalamento dessas moscas, justamente onde um cachorro havia sido enterrado 18 meses antes.