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agronegócio

Chuvas favorecem mosca de chifres

Pesquisador da Embrapa orienta sobre estratégias para livrar o gado da ação da praga.
Fonte: Do Portal DBO
18/12/2017 11h 11min

Notícia

Chuvas favorecem mosca de chifres

Quando as chuvas retornam e as temperaturas começam a subir, o produtor se vê diante de uma velha conhecida: a mosca-dos-chifres (Haematobia irritans), inseto hematófago que traz incômodo para os animais, prejudicando o seu desempenho.

Segundo estudos, no Brasil os prejuízos podem chegar a US$ 150 milhões ao ano. A mosca-dos-chifres normalmente fica sobre o dorso do animal nas horas mais frescas do dia e na região central nos horários mais quentes. O que causa grande irritabilidade nos bovinos é a probóscide rígida e a frequência de picadas. Por conta disso, entender o ciclo biológico da mosca é tão importante quanto observar o comportamento dos animais ou conhecer o histórico do uso de medicamentos na fazenda.

Dessa forma, é possível traçar uma estratégia de combate mais eficiente e reduzir as perdas provocadas pelo inseto.

Estudos realizados sobre a mosca-dos-chifres indicam que a praga pode comprometer o desempenho dos animais de modo significativo, com redução de até 100 gramas no ganho de peso diário. Considerando o período de alta infestação do inseto, de novembro a abril (180 dias), época em que o clima costuma ser favorável para sua rápida proliferação, as perdas podem ultrapassar uma arroba de peso vivo. O prejuízo explícito na balança não significa necessariamente que o controle químico deva ser realizado toda vez que a mosca estiver presente (é fácil identificá-la, pois se posiciona de forma característica, com a cabeça para baixo e as asas abertas). “Muitas vezes o produtor quer ver seu animal limpo, por isso aplica o produto sempre que visualiza a mosca. É o chamado ‘tratamento estético’. Além de gastar dinheiro, a medida é inócua. Dadas as condições tropicais na maior parte do País, sempre haverá algum nível de infestação”, afirma Thadeu Barros, pesquisador da Embrapa Gado de Corte.

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De acordo com o pesquisador, são recomendados dois tipos de tratamento: o tático e o estratégico. O primeiro é reservado somente para situações excepcionais, como altas infestações que fugiram ao controle. Segundo ele, a decisão sobre o tratamento não deve depender do número de moscas, mas do comportamento do animal, ou seja, do nível de inquietação do rebanho.

Pesquisador orienta para que produtor esteja atento

A outra forma de controle da praga, que deve nortear as ações na fazenda, é o tratamento estratégico. Calcado no planejamento, preconiza duas aplicações anuais: no início e no final da temporada chuvosa, períodos normalmente de picos de infestação. No começo da estação chuvosa, o produtor pode tratar os animais aproveitando o manejo de vacinação contra a febre aftosa, em novembro. “É uma das poucas oportunidades em que um adequado combate da mosca-dos-chifres pode ser feito aproveitando-se outro manejo”, diz Barros. Segundo o pesquisador, para evitar problemas de resistência, cada vez mais comuns no combate da mosca-dos-chifres, o controle químico prevê a alternância de princípios ativos e das famílias de inseticidas, premissa que não chega a ser novidade para o produtor, mas que nem sempre é cumprida corretamente. Barros diz que é fundamental o produtor considerar o histórico do uso de ectoparasiticidas na propriedade.

De acordo com o pesquisador, a cada ano o produtor deve trocar a classe inseticida para conseguir um controle mais efetivo. Práticas comuns como aumentar a dose, frequência de aplicação ou substituir aleatoriamente o produto quando não há eficácia satisfatória não são recomendadas, pois, além do risco aos animais, pode agravar o problema de resistência. Barros alerta para o fato de que o inseticida não causa resistência. “A mosca já nasce resistente. A cada tratamento, o inseticida elimina da população as moscas susceptíveis e mantém apenas as sobreviventes, ou seja, as resistentes”, explica.

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