Notícia
Emival Eterno da Costa, mais conhecido como cantor Leonardo, foi processado por venda de lotes irregulares e sem registros no município de Querência (755 km de Cuiabá). Os lotes eram comercializados pelos valores de R$40 mil a R$140 mil, dependendo da metragem e da localização, e mais de 800 terrenos foram vendidos, alcançando um valor estimado de R$48 milhões.
Segundo a ação, protocolada pela Associação de Residenciais Munique em maio do ano passado, os lotes estão localizados nos Residencial Munique I, II e III.
Além de Leonardo, outras quatro pessoas e seis empresas também são réus no processo. São eles: o ex-prefeito de Querência Fernando Görgen; Aguinaldo José Anacleto; Rudney Tacio Ferreira Pinno; Olibaldo Araujo; e as empresas Residencial Munique Smart Life I Loteadora Ltda; Residencial Munique Smart Life II Loteadora Ltda; Residencial Munique Smart Life III Loteadora Ltda; AGX Participações e Empreendimentos Ltda; Eldorado Participações e Empreendimentos Ltda; Agrovale Imobiliária; além do município de Querência.
A Associação alega que os contratos foram firmados de forma irregular, pois os lotes não têm a devida aprovação da Prefeitura, nem registro no Cartório de Imóveis. Além disso, a Associação argumenta que os consumidores foram induzidos a erro, acreditando que estavam adquirindo lotes regularizados, quando na verdade estavam assinando um Termo de Adesão à Sociedade em Conta de Participação (SCP).
A ação aponta também que as empresas responsáveis pelos empreendimentos não cumpriram com suas obrigações contratuais e que a propaganda de divulgação dos lotes era enganosa.
Ainda de acordo com os autos do processo, a participação de Leonardo consiste justamente na divulgação dos empreendimentos imobiliários. Ele teve a imagem vinculada aos loteamentos Munique I, II e II e, devido ao seu renome nacional, induziu as pessoas a comprarem lotes, confiando no empreendimento em razão da imagem do cantor.