Notícia
Com a falta de chuvas e a utilização de gás natural, diesel e carvão para não faltar energia elétrica no Brasil, a arrecadação das bandeiras tarifárias gerou um rombo de pouco mais de R$ 8 bilhões até o mês de agosto. Os dados são da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
O valor cobrado a mais com as bandeiras aplicadas na conta de luz foi insuficiente e não cobrir os custos para a produção de energia. Isto aconteceu pela falta de chuvas, o que deixou os reservatórios das usinas hidrelétricas com níveis muito baixos. Foi a maior seca dos últimos 90 anos.
Para o presidente da Associação dos Produtores de Energia de Santa Catarina, Gérson Berti, este problema é crônico. Segundo ele, é preciso um grande planejamento e reserva de energia elétrica para não comprometer o crescimento industrial e nem o bolso do cidadão.
“Isso é só um começo. A tendência é o agravamento, ou seja, esses oito bilhões vão para a conta do consumidor no ano que vem, e no ano que vem gera-se nova bandeira tarifária, insuficiente para cobrir déficit. Para não quebrarem as distribuidoras de energia, é necessário que se faça essa reposição tarifária. E por isso é um aumento contínuo da inflação e a aniquilação do potencial de compra, do poder de compra de quem é assalariado e até mesmo de quem é profissional liberal, porque nada acompanha esse crescimento do custo de energia elétrica”.