Notícia
Reduzir distorção entre idade e série escolar. Essa é a meta do Projeto Salto implantado em Rondônia em 2013 pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc). A iniciativa começou pelo Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) que nesta terceira etapa conta com 2.224 estudantes matriculados e 106 turmas distribuídas em 16 municípios. Enquanto que o Ensino Médio em sua primeira etapa conta com 1.050 estudantes matriculados em 35 turmas distribuídas em 19 municípios. Mais que números, o resultado é visto na nova perspectiva dada aqueles com dificuldade de avançar nos estudos.
Idealizado pelo governador Confúcio Moura, o público-alvo do projeto são os estudantes com dois ou mais anos de defasagem entre idade e série. São 24 meses para a formação e a metodologia é diferente. ‘‘A telesala é a metodologia usada para trabalhar com as turmas. O professor inicia a aula fazendo uma problematização, depois apresenta uma vídeo aula contextualizando o assunto a ser trabalhado, é aberto então espaço para questionamentos’’, afirma a técnica da Subgerência do Ensino Médio Nair Guimarães Xavier do Carmo.Todas os aprendizados vão parar em um memorial.
Cada turma possui apenas um professor. ‘‘Esse único docente se dedica não só a dar aulas, mas também se preocupa com o bem-estar do aluno. Cria-se um laço afetivo entre o professor e aluno e isso faz com que eles queiram estar na escola. É algo muito importante para dar qualidade e melhorar o aprendizado’’, conta a subgerente do Ensino Fundamental Sirlene Borges da Silva.
O projeto Salto trouxe um olhar humanizado e diferenciado para dentro da sala de aula. ‘‘Os estudantes se desenvolvem muito enquanto pessoas. A autoestima deles melhoram’’, afirma Nair. ‘‘Percebemos o quanto esse projeto impacta a vida dos estudantes através dos depoimentos deles. Lembro que durante a formação de uma turma um estudante relatou que antes só conseguia escrever umas quatro linhas e ao final já conseguia escrever um texto completo’’, relata o subgerente do Ensino Médio Magno de Andrade Moura.
O que mostra uma evolução devido essa metodologia diferente do projeto Salto. ‘‘E esses alunos eram alunos que na sociedade eles já tinham um rótulo, o rótulo do fracasso, que não estavam progredindo, que não iam conseguir que não iam vencer, mas através dessa metodologia, dessa didática diferente e do acolhimento conseguem ser resgatados daquela situação que eles estavam vivenciando dentro da escola e da sociedade’’, avalia técnica da Subgerência do Ensino Fundamental, Anna Paula Johnson.
Segundo a técnica da Subgerência do Ensino Fundamental, cabe às coordenadorias regionais de educação a adesão voluntária ao projeto Salto. ‘‘Essas coordenadorias é que trabalham junto com as escolas a sensibilização dos pais e alunos para fazer a adesão ao projeto’’, complementa o subgerente da Subgerência do Ensino Médio Magno de Andrade Moura.