Notícia
O Observatório Social de Rolim de Moura encaminhou ofício ao Prefeito de Rolim de Moura, Luizão do Trento, onde questiona os reais objetivos do Projeto de Lei Nº 073/2017 encaminhado pelo Prefeito à Câmara de vereadores e que inclui na pintura dos prédios públicos as cores primárias e também a cor preta, sob a alegação de que as escolas trabalham com as crianças as cores primárias.
O Observatório Social fez questão de lembrar ao Prefeito e também a todos os vereadores que a definição das cores dos prédios públicos foi um projeto longo, iniciado em 2008 e que só foi aprovado em 2012, com ampla participação da população de Rolim de Moura. Por ter proporcionado economia de forma imediata aos cofres públicos, pois geralmente os gestores definiam a sua gestão pelas cores dos prédios que muitas vezes eram pintados até sem necessidade, o projeto de Rolim de Moura serviu de modelo para muitos municípios brasileiros que possuem Observatórios Sociais.
Em 2012, o Prefeito Tião Serraia nomeou uma Comissão Especial para tratar do referido projeto, envolvendo membros do Poder Executivo, vereadores e representantes de diversas entidades representativas da cidade, como OAB, Rotary, Lions, ACIRM, Observatório Social e Sindicato Rural, dentre outras. Dois engenheiros, um da Prefeitura e um da iniciativa privada, desenvolveram 12 projetos com as mais variadas cores, inclusive com cores primárias, contempladas na bandeira do nosso município e incluídas a pedido dos vereadores Rodnei Paes e Márcio Mateus. O trabalho da referida Comissão foi reduzir os projetos iniciais a apenas 4 e apresentá-los à população para escolha através do voto. Os projetos estiveram à disposição na Prefeitura, ACIRM, feiras livres, agências bancárias e nas Escolas do município. As cores escolhidas foram definidas em Lei que permaneceriam por 10 anos e findo este prazo a população opinaria novamente.
Entretanto, após apenas 05 anos da sua aprovação, o Poder Executivo encaminhou à Câmara Municipal um novo projeto incluindo novas tonalidades sem consultar a população, sob a alegação de que as cores primárias são ensinadas na escola nas séries iniciais.