Notícia
Com a organização de uma força-tarefa, na segunda-feira (11), para investigar as denúncias de abusos sexuais atribuídos ao médium João de Deus, os promotores de Justiça que atuarão no caso afirmam que o primeiro passo é colher os depoimentos das vítimas e fornecer a elas algum suporte. Eles detalharam quais procedimentos devem ser realizados na condução das apurações.
As primeiras denúncias foram reveladas no programa “Conversa com Bial”, da TV Globo, na noite de sexta-feira (7) e na edição de sábado do jornal O Globo. O programa “Fantástico” deste domingo (9) apresentou novos relatos e mais vítimas apresentaram denúncias às autoridades no início da semana: só na segunda, 40 mulheres acionaram o Ministério Público de Goiás (MP-GO) relatando abusos.
Também há depoimentos agendados em São Paulo e Minas Gerais a partir desta terça (11). No entanto, a investigação será conduzida pela promotoria de Justiça de Abadiânia (GO), onde o médium realiza atendimentos na Casa de Dom Inácio de Loyola.
Confira, abaixo, detalhes sobre a força-tarefa formada pela polícia e pelo MP-GO.
Passo a passo
Primeiro, as autoridades devem registrar as denúncias feitas pelas vítimas, seja pela internet ou pelo telefone do MP goiano (62) 3243-8000. A conta de email [email protected] foi criada exclusivamente para receber denúncias.
Depois, a força-tarefa deve agendar os depoimentos das vítimas e reunir as informações colhidas com depoimentos realizados em outros estados. Isso servirá para embasar o procedimento investigatório criminal. Por fim, a última etapa envolve intimar e interrogar João de Deus.
Quem integra a força-tarefa
Além de integrantes do MP, a força-tarefa também contará com o trabalho de duas psicólogas: Liliane Domingos Martins e Lícia Nery Fonseca. Elas fornecerão o suporte às vítimas durante o processo.