Notícia
A digitalização do acervo da Junta Comercial do Estado de Rondônia (Jucer) foi concluída na terça-feira (25). Um feito comemorado por toda a equipe que se mobilizou para que essa missão fosse cumprida. Trata-se de uma boa notícia para os rondonienses que contam com a prestação de serviço mais eficiente e ágil. O que antes demandava tempo para localizar e consultar documentos, agora está a um clique.
‘‘Sem a digitalização, a Junta Comercial não conseguiria ter o tempo de resposta ao cidadão que está tendo, que é de menos de uma hora’’, disse o secretário geral da Jucer, Roger Francis Cardoso Ribeiro.
Para a procuradora autárquica da Junta, Cássia Akemi Mizusaki Funada, a digitalização vem para atender à legislação que prevê mais facilidade para o acesso ao acervo da instituição.
‘‘Estando toda essa documentação digitalizada, facilita muito o acesso. A Junta Comercial tem o acesso para os servidores e também para os órgãos públicos, como o Poder Judiciário, Ministérios Públicos, polícias, Procuradorias, entre outros órgãos, e essa modernização também traz impacto positivo para o trabalho deles’’, destacou Cássia.
Segundo eles, foram oito anos de esforços concentrados para tornar pilhas e pilhas de papéis em imagem para consulta no computador – a chamada digitalização. A Jucer é guardiã das informações de todas as empresas abertas e fechadas em Rondônia. Os arquivos digitalizados correspondem a documentos de 213.658 empresas, sendo 122.974 ativas e 103.303 inativas.
Desde o primeiro dia da digitalização, de 2 de janeiro de 2009 até 2013, a servidora da Controladoria Interna da Jucer, Francisca Souza do Vale, acompanhou o processo. Ela trabalha na Junta Comercial há 47 anos e 11 meses, e conta que no início os documentos eram armazenados em pastas, depois em caixas e mais tarde em arquivos mais modernos.
Para Francisca, a notícia da conclusão do processo de digitalização foi recebida como um presente e uma sensação de dever cumprido nas vésperas dela se aposentar. ‘‘Foi uma surpresa, um presente de Deus receber esta notícia agora que vou me aposentar. É muito bom ver a Junta com este projeto concluído. A digitalização é de suma importância, tudo se torna mais fácil. O que permite um trabalho mais rápido para o servidor e o atendimento mais ágil para os usuários’’, avaliou.
DESAFIOS
Ela relembra os desafios da digitalização. ‘‘A cada dia se tornava mais difícil o fluxo de papel. Foi quando em 2009 começamos a usar o programa Gerimagem, desenvolvido pelo então Departamento Nacional de Registro do Comércio, atualmente Departamento de Registro Empresarial e Integração, e eu abracei a causa’’, afirmou.
A servidora recorda que havia documentações que demoravam até três dias para ser digitalizados devido aos cuidados e ao trabalho detalhado que exige o procedimento. ‘‘O início foi muito difícil. Tínhamos que preparar a documentação, muitas delas sujas, empoeiradas. Fazíamos isso usando luvas e máscaras. Tinha documentos desgastados pelo tempo, o que exigia muito cuidado no manuseio, documentação de empresas com mais de 60 anos’’, contou.
A equipe responsável pela digitalização do acervo da Jucer também enfrentou outro desafio: lidar com a tecnologia. ‘‘Juntamos os servidores mais competentes na área de tecnologia’’, disse. E entre eles estava o técnico do Registro do Comércio e diretor da Divisão do Interior, José Raimundo Rodrigues da Silva, que acompanhou a digitalização até a conclusão.