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O FOLHA DO SUL ON LINE obteve com exclusividade, um trecho do depoimento do homem acusado de matar um casal a tiros em Vilhena na última sexta-feira, 14. O homicídio aconteceu no bairro Bela Vista, e foi desvendado a partir dos registros de câmeras de monitoramento, que flagrou o assassino em fuga após o crime. Confira aqui.
Ao ser interrogado hoje, após se apresentar na Unisp de Vilhena, acompanhado por seu advogado, Wesley do Nascimento de Souza, 26 anos, reafirmou a versão antecipada por este site, segundo a qual ele teria ido apenas tentar conversar com Abrão Fernandes da Silva, 29, uma das vítimas, que teria atirado primeiro.
Ao delegado que o interrogou, Wesley entregou o revólver que estava em seu poder, confirmando a veracidade da declaração publicada pelo site, de que ele teria usado a arma da própria vítima para matá-la.
Segundo as informações obtidas pela reportagem, o acusado não assumiu a morte da adolescente Geovana Assis Costa, 16 anos, sua ex-namorada e suposta pivô da tragédia. Wesley teria prometido mostrar provas das ameaças recebidas de Wesley e apresentar também informações que descartariam sua responsabilidade na morte da garota.
CRIME VIOLENTO DESVENDADO
Antes de ser enviado para a Cadeia Pública de Vilhena, já que estava com sua prisão decretada, o homicida confesso fez uma revelação surpreendente: apontou Abrão como autor de um crime violento e chocante, cometido em julho deste ano.
A execução sumária atribuída por Wesley a Abrão teve como vítima o vigilante Edson de Souza, 42 anos, assassinado a tiros no posto Sena, na região central de Vilhena. O assassinato foi filmado por câmeras e, segundo o denunciante, as imagens mostram a semelhança física entre o homem gravado e o suposto autor.
O acusador prometeu colaborar para provar à polícia a veracidade das informações dadas, mas não entrou em detalhes sobre a motivação do homicídio. Clique aqui e assista o vídeo.
AMEAÇAS
Acusado de ameaçar testemunhas do duplo homicídio pelo qual foi preso, Wesley negou o crime, que pode, se for confirmado, aumentar sua pena. Ele contou que ficou escondido num sítio próximo a Vilhena após as mortes, mas garante que não autorizou nem pediu a ninguém para coagir testemunhas da dupla execução.